domingo, 27 de setembro de 2009

Meu relicário

Escrever é bom... reler-se é bom também. Andei me relendo e acabei achando esse pequeno registro de um momentinho curto e interessante, e rí...

Aqui vou eu de novo
De mãos dadas ao novo
Que faz bem ao meu amor..

Dando desculpas ao medo que sinto
Mas querendo dirigir sem cinto
Pra aumentar a emoção

Só peço que me segure forte
Me faça sentir que estou com sorte
E leve meu coração

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Um dia desses virando, revirando e revivendo as páginas de uns cadernos antigos, reparei nas inúmeras páginas de matérias interminadas, de rabiscos, de pequenos poemas e textinhos em páginas que deveriam conter as matérias a serem estudadas. A desculpa do desleixo é a minha cabeça que vive em contrações, e se não escrevo sinto abortando um sentimento. E dói. E se deixo para depois, depois já não fica a mesma coisa...Após perceber o mal que a ausência de matérias em meus cadernos fazia decidi ignorar as contrações, mas essa semana quase não deu. De repente, um espírito utópico (à la Paulo Freire) embrulhou os meus pensamentos e foi me dando uma repulsa daquela aula. Onde estão ensinando a ser professor? Porque onde eu aprendi,quando eu aprendi, aprendi diferente.A maioria das pessoas que dividem comigo a vontade de ser professor querem dar aulas em universidades. Tarde demais. Quero dar aos meus alunos o que eu não tive, assim como os pais sonham para os seus filhos, e é antes do vestibular que os professores são mais professores. É ali, numa sala de colégio, que o mediador do conhecimento pega nas mãos muitas vezes perdidas e mostra a sensação de liberdade que a delícia dos ‘por quês’ proporciona, contrastando uma cultura que os enfia goela abaixo sem podermos mastigar.Naquela aula quando minha concentração começou a dispersar, fui à última folha e comecei a escrever; mas lembrei que o maldito cuspe e giz tradicional precisava que minha cabeça, como um arco, apontasse meus olhos e concentração diretamente para o alvo. Presa, abortei mais uma vez.

sábado, 19 de setembro de 2009

De todas as funções da mente a que eu mais gosto é a memória.
Depois que a gente começa a aprender a viver lembrar o que passou é um passatempo delicioso.
Ontem eu estava na fila do banco e comecei a usar meu passatempo favorito contra o ócio e lembrei certo momento em que tudo estava tão perfeito e uma pessoa muito especial disse que meus olhos pareciam estar sempre sorrindo. Esse foi o ponto de partida para uma série de lembranças que são eternas poesias.
A diferença de recorrer às lembranças quando se aprende a viver é saber reciclar as perdas, e admirar os troféus. Sentir saudade é a confirmação de que o passado valeu à pena, mas não precisa ser a vontade de que ele volte.
Quando se está triste as lembranças boas podem ser uma boa para dar uma guinada na vida: “Hei! Se eu fui feliz antes, agora que estou muito mais madura vou ser muito mais!” porque tudo na vida, minha gente, só depende da gente. Ser feliz é uma escolha.