domingo, 4 de setembro de 2011

Um conto sem fadas


Nunca conheceu o lenhador

porque não se aventurou pelo atalho

Nunca foi acordada com um beijo

porque não comeu a maçã da velha estranha

Nem se arriscou a costurar sem o dedal

Nunca jogou as tranças

Sempre foi obediente

E não trocou nada por feijões encantados

Não se atreveu a ir a festas com sapatos de cristal

Nem com sapato nenhum


Nem carruagem

Nem príncipe

Nem fadas

Apenas o clausuro